dom, 25 \25e junho \25e 2006

Um pouco mais de compreensão. Isso é difícil?
Um pouco mais de preocupação. Isso é difícil?
Um pouco mais de dedicação. Isso é difícil?
Um pouco mais de atenção. Isso é difícil?
Um pouco mais de coração. Isso é difícil.

Não aguento assim. Não durante tanto tempo. Por que é tão difícil? Por que não fazer simplesmente do jeito mais fácil, mais normal, sem complicação? Por que as pessoas não se preocupam com você do mesmo jeito que você se preocupa com elas? Por que essa indiferença? Por que esse marasmo? Por que essa coisa estranha? Por que ninguém parece amar o próximo, e quando você ama te acham estranho? Por que o próximo não é próximo? Por que sentir essas coisas; por que simplesmente não ignorá-las, por que não existe botão pra isso? Por que saber tanto, se não se sabe o porquê? Por que não querer? Por que fazer sentido é tão complicado? Por que não se envolver? Por que não se apaixonar? Por que não ser fiel? Por que não mostrar? Por que não demonstrar? Por que é tudo igual sendo tão diferente? Por que escrever agora não me faz diferença alguma?

It’s my turn to cry.


O que eu faria…

dom, 11 \11e junho \11e 2006

O que eu faria
Se eu te visse daquele jeito
Todo vestido como um coelho
Sem camisa, com pêlo no peito

Com aquele vestido rosa
Que deixava transparecer
Sem vergonha alguma, note
O que todo mundo insiste em esconder

E que dava asco, ou nojo
Ou coisa parecida, coisa assim
Que você sente quando vê
Alguém comendo capim

O que eu faria, isso eu me pergunto
Mas já sei a resposta, já sei o que viria
Eu sairia correndo, com a caneta na orelha
Igual japonês de padaria.

——–

Não tem explicação. Não tem.